Restos Imortais
Junho 28, 2024
Alguém, um dia, sonhou com a possibilidade de desenhar sons
e nasceram os hieróglifos, as letras e as palavras.
Alguém imaginou que, agrupados numa orquestra,
os sons podiam esquissar melodias e as palavras sedimentar frases.
Surgiu, também, a necessidade de contar, somar e subtrair
e, dessa necessidade, conta-se uma história, que até nem começa do zero.
Contudo o zero fazia falta e soubemos integra-lo.
Hoje, neste quadro semiabstrato, temos música, literatura e matemática.
Temos os livros e conhecimento básico para procurar e questionar.
O que não sabemos é tão, ou mais infinito, quanto o universo que nos acolhe.
Como indivíduo, ou como espécie, temos sempre algo a aprender.
Nem que seja escutar ou amar melhor.
Creio, portanto, que nesta condição de mortais, aprender é tudo o que nos resta.