Sentido
Junho 18, 2007
É como um mealheiro de sentimentos e de estados de espírito. Onde deposito as minhas riquezas e regurgito as minhas pobrezas. Este é um canto onde se ri e onde se chora. Este é o lugar onde procuro mapear os labirintos da alma e descobrir onde me levam as emoções que se rebelam à razão. É um ponto de encontro para pensamentos dispersos. É uma fronteira onde os meus muitos fantasmas se corporizam.
Os puristas dizem que a amizade e o amor, quando verdadeiros, são imortais. Mas nós, que não somos deuses como eles, sabemos que não é bem assim. A amizade e o amor são como organismos vivos. Se não os alimentarmos, se não lhes saciarmos a sede, se não os estimarmos, eles acabarão por adoecer e, por fim, morrer. É como uma flor: por mais graciosa que seja, precisa de cuidados para manter a sua jovialidade. Tudo isto para dizer que já perdi amigos e amores. Algumas vezes por minha culpa, outras vezes nem por isso… mas sempre com muita mágoa. Mas que amizade ou que amor são esses, quando uma pessoa segue para a esquerda e a outra para a direita? Que amizade ou que amor são esses, quando uma pessoa se limita a seguir os passos da outra? A amizade e o amor só fazem sentido quando as pessoas caminham no sentido da convergência. Só assim florescem e se mantêm joviais.
É como um mealheiro de sentimentos e de estados de espírito. Onde deposito as minhas riquezas e regurgito as minhas pobrezas. Este é um canto onde se ri e onde se chora. Este é o lugar onde procuro mapear os labirintos da alma e descobrir onde me levam as emoções que se rebelam à razão. É um ponto de encontro para pensamentos dispersos. É uma fronteira onde os meus muitos fantasmas se corporizam.
Atentamente,
ejail.