É do diabo…
Junho 08, 2007
Trabalha todos os dias úteis,
(todos os dias são fúteis)
nas tarefas mais estranhas e inúteis.
Desde mancebo que labora
até à velhice que o levará embora.
Trabalha mas não ganha dinheiro,
nada cai no vácuo do mealheiro.
Provavelmente não é nenhum trabalho,
talvez seja uma loucura do seu cérebro falho.
O que faz é ostentar uma caneta entre os dedos
e riscar milhares de folhas com os seus medos.
Compõe mentiras em que acredita como um drogado encurralado
porque, no fundo, sabe que já não vai a qualquer lado.
Mundo...
Contempla, agora, mundo negro da besta,
o condenado de numero 666 gravado na testa!
Contempla o seu espanto e o tamanho da desilusão,
assiste à sua espantosa conclusão!
O mal, a tentação, a doença espiritual,
tudo no corpo chagado de forma tão brutal!
Se fosse poeta saberia com certeza:
não há nada para além das letras,
nada há que não seja sonhos e tretas…
Atentamente,
ejail.