Merda
Junho 05, 2007
Merda.
Merda, ponto final, parágrafo. É uma boa maneira de começar um texto. De começar e de acabar. Aliás, nos dias que correm, não parece haver maneira melhor. Mas merda para quê, ou porquê? Tem que haver uma razão para tudo? Merda porque sim e porque há coisas em mim que não consigo ultrapassar.
Quando leio a porra do último post que aqui coloquei, dá-me vómitos. Não sei o que me tornou tão sentimental ao ponto de escrever o que escrevi. Aquilo é muito triste porque não tem nada de macho. E as coisas de macho, acho eu, deviam ser como o sangue: fluir naturalmente pelo organismo, sem que precisasse de me preocupar com os valores diários da gravidade. Talvez a Testosterona se esteja a acabar. Depois não será só a moral que não vou conseguir levantar… mas adiante…
Sou demasiado meigo. Demasiado compreensivo, demasiado empático, demasiado… enfim… um autêntico papa-hóstias. Tenho uma preocupação muito grande em ser educado, gentil, amigo, fiel, etc. A porra do “etc.” tem muitas coisas que me dão vómitos. Acabo por ser o bonzinho da tele-realidade e, ser bonzinho, não tem nada de macho. Ninguém enriquece a ser bonzinho e as mulheres de hoje querem ser comidas pelo lobo mau. Veja-se, por exemplo, a avozinha do Capuchinho Vermelho… Estava de cama com reumatismo, pois… Portanto esta coisa de ser bonzinho acaba por ser muito mau.
Há uns dias, ligou-me… para tomar um café, disse ela. Depois de me ter destruído por completo… e eu, porque ser bonzinho implica não conseguir dizer não, acabei por aceitar. Queria ter dito que não, mas não consegui de todo… Como é que ainda consigo gostar dela? E até quando? Talvez ela tenha que me tentar destruir com uma bomba atómica... talvez as radiações me mutassem num lobo mau. Quem sabe? Eu tardo, talvez, em aprender e, qualquer dia, deixo tudo para trás e não quero saber de mais nada. Parto para longe de tudo e de todos... Estas coisas... estas coisas acabam por mexer comigo e fazem com que me sinta uma merda!
Atentamente,
“ejailzito” de merda.