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Quinta Dimensão

Rádio I AM

Junho 25, 2023

IAM.png

Aparelho de estática,
numa frequência apática.
Ruído em ondas sonoras,
decibéis perdidos nas horas.

Agitas ar sem sintonia,
num padrão de monotonia.
Gritos brancos e desconexos,
que entorpecem os reflexos.

Ausente, em estranhos mantras,
procuras, mas não me encontras.
Talvez não sejas empático?
- Máquina fria de plástico!

Fala! Mas sem dizeres nada.
Nada que fales me enfada.
Ensurdece os meus lamentos!
Clarifica-me pensamentos.

O teu som se ouça a milhas!
A minha voz ficou sem pilhas...

Escravo da Moda

Junho 14, 2023

yoda.jpg

Depois do “milagre” da multiplicação de visualizações, voltamos à normalidade. Creio que Deus leva a sério as questões do livre arbítrio e amor infinito, porque acabou por não me vaporizar antes que pudesse escrever o que escrevi. Ainda assim, mesmo sendo omnisciente, suponho que não se importou de abraçar o engodo que lhe lancei e fez questão de afastar as visualizações para ninguém ler. Desse modo, ambos ficamos felizes. Eu, porque volto ao reconfortante vazio da minha “casa” e Ele, porque teve uma atitude bondosa, ao poupar as pessoas de perda de tempo e sofrimento desnecessário.

Ao mergulhar na história do blog, encetei, num fôlego, uma espécie de viagem ao passado. Foi suficiente para perceber que algo mudou. Não me lembro do porquê, mas, a determinada altura (ou fundura) da minha vida, senti a necessidade da adotar um poema que me identificasse. Apenas, claro, para exercício e consumo interno. O primeiro poema a que recorri foi, com alguma naturalidade, “Amador sem Coisa Amada” de António Gedeão. Mais tarde, na lonjura das noites, procurei personalizar algo que me caracterizasse um pouco melhor. Algo que me identificasse e servisse como uma espécie de fato à medida. Não me importei de passar da seda do fato de Gedeão, para a ganga rota e serapilheira desbotada das palavras que cozi. Quis arriscar e cair dentro do poço que bebe de mim. Esse ensaio de poema serviu durante largos tempos, mas creio que já não me assenta. Começo a sentir-me uma espécie de rei vai nu.

Ainda que o monge comece por tecer o hábito, tantas vezes o hábito acaba a fazer o monge. Não quero obedecer nem, tão-pouco, fazer fretes a poemas. Não sei quem sou, mas, ali, já não sou eu. Mais ou menos na época em que escrevi o “Sombra Lunar”, escrevi o poema que, acredito, hoje me cai melhor. Hoje dispo as vestes rasgadas e visto o “Poema Invisível”.

 

 

Amador sem Coisa Amada – Poema de António Gedeão

"

Resolvi andar na rua

com os olhos postos no chão.

Quem me quiser que me chame

ou que me toque com a mão.

 

Quando a angústia embaciar

de tédio os olhos vidrados,

olharei para os prédios altos,

para as telhas dos telhados.

 

Amador sem coisa amada,

aprendiz colegial.

Sou amador da existência,

não chego a profissional.

"

 

Sombra Lunar

"

Parece-me, de noite, ver alguém na Lua,

solitário e prisioneiro do seu lado oculto.

Parece navegar as cinzas numa falua

e arrastar-se no sedimento como um vulto.

 

Existirão seres extraterrestres,

ou será apenas a névoa do meu olhar cansado?

Talvez só chamando cientistas e mestres,

para vencer as crenças e os dogmas do passado.

 

O mais certo é estar aluado,

desgostoso pela gravidade do espaço.

Triste e despedaçado por não ser amado

e ansioso por me deitar num regaço.

 

Mas não!

Não estou louco nem estafado,

muito embora haja quem diz o contrário.

É que não é fácil ludibriar o fado:

lá em cima só eu e este pobre diário.

"

 

Poema Invisível

" "

Agradecentim0$

Junho 12, 2023

Agradecentimos.png

Fez, no passado mês, 16 anos que nasceu este blog. Apesar da relativa longevidade, houve um período considerável de inatividade, o que me leva a considerar a existência de dois períodos: o mais antigo, de 05/2007 a 06/2012 e o recente, de 07/2019 até este presente. Em retrospetiva, tive momentos em que escrevia com alguma frequência e outros em que quase não escrevia, mas não sou, por norma, pessoa de escrever muito. Ainda assim, sinto que posso escrever sobre qualquer coisa. Não porque sei de tudo, mas porque sei de nada. Desse modo, as expectativas são nulas e ninguém está à espera que produza um artigo científico, uma obra filosófica, ou um poema que faça rir ou chorar, enquanto respeita métricas. Nada tenho para ensinar e tudo o que tenho são anseios e limitações para aprender. Se me atrevo a apresentar respostas e essas não forem mais que uma ou mais perguntas, possivelmente estarão erradas. As próprias perguntas, muitas vezes, não serão as corretas. Em suma, escrevi, ao longo de todo este tempo, muitas asneiras.

Não me considero alguém deprimido ou depressivo, mas sinto-me a sombra de um homem que não chegou a ser. Tento, apesar de tudo, não me levar demasiado a sério e equilibrar as tristezas com uma espécie de humor que gravita entre a secura e a corrosão. Com mais ou menos dificuldades, mais ou menos tijolos, procuro cimentar pensamentos que me ajudem a organizar o caos em que, não poucas vezes, me encontro perdido. Elejo, com especial carinho, a poesia como modo preferido de expressão. São pobres poemas que mendigam poesia.

O blog tem passado relativamente despercebido. No entanto, recentemente, foi alvo da atenção da equipa do Sapo Blogs e, por razões que me são alheias, acharam que um dos seus posts merecia ser destacado. Apercebi-me do facto, quando comecei a ter um anormal número de visitas e comentários, que vieram perturbar a habitual pacatez deste refúgio. Quero, portanto, agradecer à equipa do Sapo Blogs, a gentileza que muito me honrou. Aproveito, também, para agradecer a todos os visitantes e leitores, dos mais antigos aos recentes. Na sequência, não posso deixar de enviar um sentido obrigado a quem subscreve, adiciona aos favoritos, ou tira algum tempo para interagir através de comentários. Por fim, destacar e estender o obrigado, a quem escreve e me concede a oportunidade de espreitar as suas histórias ou perspetivas sobre tantos assuntos.

A “Quinta Dimensão” continua a ser um blog pequeno, mas a frenética atividade, que explodiu nos últimos dias, perturbou-me. Primeiro fiquei assustado e, depois, apreensivo. Senti uma espécie de pressão para não desiludir quem pensava ter encontrado alguma coisa que valha a pena. Sem ilusões, não vale. Comecei, de imediato, a pensar como poderia reduzir as visualizações. Talvez, se escrevesse algo que fizesse com que me cancelassem? Ato contínuo, sabia que tinha de escrever algo sobre pronomes. Mas, gradualmente, desacelerei e respirei e acalmei-me. Sossega-me a ideia de continuar abrigado sob a manta do anonimato e pensar que o meu primeiro e mais crítico subscritor é o branco da folha.

Não lido com muitas pessoas, mas noto que umas são boas a arranjar carros, ou a conduzir camiões, ou a fazer planos de marketing, a programar aplicações para telemóvel, escrever pareceres, dar consultoria, vender carros, casas, ou outras coisas, a jogar ténis, xadrez, ou futebol... Enfim, a maioria das pessoas parece saber que é boa a fazer alguma coisa, nem que seja Sudoku ou a solucionar cubos de Rubik. Incomoda-me o facto de, até hoje, não saber a minha real vocação, aquilo que sei fazer melhor. Por momentos, no seio da azáfama do aumento exponencial de atenção que o blog teve, senti uma vertigem e a tentação de pensar que talvez soubesse escrever. Mas conheço minimamente a extensão das minhas limitações, para saber que é mentira e, com a mesma velocidade que a ideia chegou, partiu. Depois, li num dos comentários, de um leitor anónimo, que há bloggers a ganhar dinheiro. Uma, das imensas coisas, onde sempre fui muito mau, foi a ganhar dinheiro. Aquele comentário, somado às centenas de visitas e visualizações recentes, começou a atiçar uma certa ganância que desconhecia existir em mim. Talvez, quem sabe, tenha tropeçado numa mina de ouro? Tinha-me transformado num capitalista psicopata neoliberal e só me ocorria que tinha que monetizar o tráfego no blog. Como uma febre galopante, a busca por poder e fama subia-me à cabeça e, de repente, dei por mim possuído pelo maligno espírito de Sr. Edward Hyde.

Não sei muito sobre ganhar dinheiro, mas leio umas coisas sobre como amansar a voracidade dos impostos. Portugal é um país pouco amigo do empreendedorismo e criar uma empresa não me parece a melhor opção. Nesse instante, uma luz desce sobre mim e ordena-me que crie uma nova religião. Dentro da minha cabeça, ouço, distintamente, “Quinta Dimensiologia”. Tudo acontece de forma rápida e quase não tenho tempo para processar. O tempo urge e tenho de agir.

Entretanto, quem me segue há mais tempo, deve estar a lamentar-se pelo facto de cairmos, novamente, no tema “Religião”. A minha empatia, pois têm toda a razão e prometo que vou procurar uma maneira de reduzir. Devo, no mínimo, uma explicação. De forma resumida, desde tenra idade, até perto dos trinta, fui exposto a doses maciças de radiação religiosa. Suponho que, como Madame Curie, também eu, quando for enterrado, terei que ser encerrado num túmulo de chumbo, de forma a não contaminar almas mais fracas. Mas adiante. Sim, uma religião. Ainda que os mais céticos possam questionar a minha lucidez.

Se me perguntarem, como raio vou criar uma religião a partir de 21 seguidores? Direi “Homens de pouca fé”! Há cerca de 2000 anos atrás, um empreendedor e visionário, criou uma startup, com poucos ou nenhuns recursos, a partir de 12 seguidores. Hoje é uma das maiores religiões do mundo. Tudo bem que tinha um Pai extremamente poderoso e bem colocado no mundo literário, que até já tinha escrito uns posts bastante famosos. Que mais tarde, esses posts iriam ser reunidos, compilados e integrados, pela editora de Gutemberg, num bestseller e que, a essa compilação, chamaram de “Velho Testamento”. Tudo bem que esse Pai ajudou, mas, ao mesmo tempo, não existia toda a estrutura tecnológica e de comunicação que temos hoje ao dispor, como as redes sociais ou o Sapo Blogs. A startup teve alguns desafios, claro. Não vamos escamotear que, se nos debruçássemos sobre a categoria “Ameaças” da análise SWOT, iríamos encontrar “Pôncio Pilatos” e “Império Romano”. Entradas que não davam muita saúde a quem os desafiava. Porém, mesmo apesar da traição de um insider, que se vendeu por uns trocos antes de se encontrar com a forca, foi um investimento na senda da velha escola de Warren Buffet, com fundamentos, sustentação e foco no longo prazo. Obteve, por fim, um sucesso assinalável e inequívoco. Lamento-me, contudo, porque queria um negócio de crescimento um pouco mais célere e não pretendia esperar tantos anos por dividendos. Por isso, nem tudo são rosas e, certamente, serei “crucificado” pelo uso de tantos estrangeirismos. Ganharei, também, com um grande grau de probabilidade, um lugar de destaque, não no Sapo Blogs, mas desta vez no inferno.

Portanto, desisto! Faltam-me alguns atributos para levar a demanda a bom porto. Sou péssimo orador e careço do carisma desse guru inspirador e empreendedor. Há quem diga que sofro da síndrome do impostor e sou compelido a reconhecer que estão meio certos porque, na realidade, o que sou é um impostor, na sua plenitude. Mas, por fim, tudo se há de resolver. Este blog voltará a ser o que era. Já passa da meia-noite e os 15 minutos de fama devem estar a esgotar.

Queda para cair

Junho 09, 2023

Queda.png

Qualquer um pode cair, mas nem todos se levantam. Há quedas que matam ou invalidam. Se nos roubam a vida, nada mais há. Terminamos com a morte. Aqui, neste ponto final.

Se continuamos, é porque não morremos. Não desta vez. Ainda assim, se for mais que uma ilusão, será apenas uma questão de tempo. Mas poderá não ser melhor. Há quedas que amputam a autonomia. De tal forma amordaçam a liberdade do espírito que, este, se lhe sobra alguma consciência, lamenta cada letra deste paragrafo a que chegou.

Se ainda continuamos, é porque não estamos inconscientes e usufruímos de resquícios de vida. De alguma forma, encontramos motivos ou inventamos forças para quebrar a descontinuidade. Seguramente estamos fragilizados e, possivelmente, tornamo-nos em algo que não somos. Tudo é incerto, mas, por pequena que seja, a pitada de vida pode germinar e dar qualquer coisa. As expectativas, porém, não devem ser mais que nenhumas.

Querendo continuar, mesmo que sem certezas e a medo, é porque somos loucos ou masoquistas. Ou ambos. Talvez, a condição de mortal, imponha uma certa dose de loucura e capacidade de sofrimento, a quem estiver disposto a aceita-la. Podemos, claro, recusar a dádiva. Mas, se não a recusamos, aceitamo-la, mesmo que de forma tácita.

O divórcio amputou-me um órgão que batia no peito. No seu lugar, talvez por feitiçaria das leis de Darwin, nasceu algo como um punho fechado. Bate-me várias vezes por minuto, muitas vezes ao dia. Agride-me tantas vezes à noite. Ontem, por causa da nossa filha, falamos. Custa-me dizer, porque abana com a autoestima e o pouco orgulho tolo que ainda tinha. Custa-me dizer, mas a verdade crua é a única lanterna que preservo no seio das trevas. Custa-me dizer, mas o divórcio fez bem a quem amei e mal a quem nunca amei.

Cair é muito fácil. Levantarmo-nos, nem tanto. Cair é rápido. Levantarmo-nos, costuma ser um processo mais complexo e demorado. Qualquer um pode cair e pode não ter a oportunidade de se levantar. Mas, havendo oportunidade, por insignificante que seja, a forma como nos levantamos, poderá ser o que nos define, ou aquilo que queremos que nos defina.

O facto de ter sido trocado não ajuda, mas como me posso amar se apenas emano covardia e estupidez. Sempre tive medo de cair. Toda a vida, a tentar evitar quedas. Há quedas que não podem ser antecipadas. Outras até podem, mas não as evitamos, porque somos ingénuos ou deambulamos, distraídos, no abismo. Talvez um dia me consiga perdoar e, quem sabe, amar. Talvez, se conseguir trocar o medo de cair, pela coragem de procurar melhores maneiras de me levantar.

Astrologia para Totós

Junho 07, 2023

Astrologia.jpg

Não acredito em astrologia, mas.

Domingo, fim de tarde, voltávamos de uma romaria local. A Leonor, minha sobrinha de 12 anos, lançou o desafio para fazermos uma corrida, ao qual a minha filha prontamente aderiu. Na sequência, ambas formaram uma multidão eufórica que, em apoteose, clamava pela minha participação. E o que uma pessoa não faz pelas crianças? Só que, desta vez, iria ser competitivo e não faria reféns.

- Matilde, o pai vai ganhar. Como és a mais pequenina, só tens 8 anos, é possível que sejas a última. É só uma brincadeira, não fiques triste.

Ouve-se: 3, 2, 1, partida! Sabia que, para vencer, tinha de colocar todas as fichas na aceleração. Disparo como uma bala e, com os olhos postos na meta, dou tudo o que tenho. Nesse instante, nada nem ninguém me pode parar, até que, abruptamente, sinto a glória esfumar-se numa pequena nota mental: “já devia ter ido à médica pedir um Raio-X ao joelho direito”.

- Pai, Ganhei! Vi que caíste, mas primeiro quis cortar a meta e depois ver se estavas bem. Tantas feridas, coitadinho de ti, pai.

- Não te preocupes, é só pintura. O pai está bem. Apesar de ter ficado em último, fiquei contente por teres ganho.

Agora, a astrologia:

Duvido que a órbita de Saturno se tenha cruzado com a de Kepler-186f, mas notei que a Matilde hesitou entre parar ou continuar a correr. Como se os seus Gémeos astrológicos estivessem em negociação. Por fim, o seu Gémeo competitivo venceu. Por outro lado, depois de ter ido com os cornos ao chão, lembrei-me que sou Touro.

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