Existir sem Ser
Fevereiro 01, 2021
A alma e os seus labirintos:
calçadas sombrias de um outro mundo.
Estranhos e lúgubres infinitos,
ecos de um poço sem fundo.
Grito-me com todos as forças
e silencio-me com todas as fraquezas.
Há muito que empurro um saco de liças,
pleno de farsas e vazio de certezas.
Ao longe uma mulher abstrata.
Nua e voluptuosa, parece perdida.
Afasta-se nas ondas de um sonho de prata
e, quanto mais distante, maior a ferida.