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Quinta Dimensão

Jogadas Mentais

Fevereiro 21, 2008

- Ando como que a jogar xadrez com o meu blog.

Não! É mais grave ainda…

- Ando como que a jogar xadrez com a minha vida e tenho, neste estranho jogo de Xadrez mental, um adversário que, a ser, será um Ser que são muitos Seres.

 (Imagem retirada da Internet)

Como um jogador, que move cautelosamente as peças no tabuleiro, troco as ideias de lugar na densidade dos pensamentos. São ideias pesadas, que se esfumam, numa mistura de liga pesarosa e crepitante. São ânsias que procuram saltar para além das barreiras do medo e desejos que lutam para se materializarem num mundo de dúvidas e incerteza. São frustrações que, uma-a-uma, o passar do tempo parece ter calcinado no espírito. São rebeldias que agora são conformismos, fazendo lembrar outros anjos que agora são demónios diluídos nos remorsos. É um espírito quebrado pelas limitações do corpo e da mente.

Será uma estupidez tão grande dizer que me sinto prisioneiro de mim mesmo?

Como o vento que não se vê directamente mas que despenteia os cabelos, o tempo lavra com rudeza as feições nuas do meu rosto. O tempo: essa entidade que se coloca por direito próprio, ou por simples arrogância, acima do banal da tridimensionalidade mundana. O imortal assassinando, com relativa paciência, tudo o que é mortal. Desgastando a vida até ao pó. Mudando-me por fora e alterando-me por dentro. O tempo: conselheiro, agitador, mensageiro que me traz (e me leva) sentimentos e pensamentos. Que me faz, nesta hora, questionar: Como é possível estar vivo e sentir que não vivi? Como é possível sentir que não vivo? Como posso viver sentindo, no íntimo, que não saberei viver?

Talvez a resposta seja, não sei, esperança… Porque a esperança é como a cenoura na ponta do nariz do cavalo, que o faz andar em frente na tentativa vã de lhe deitar o dente. Talvez a resposta venha com o tempo. Há cavalos que conseguem… uns mais cedo, outros mais tarde…

 

Uma boa tarde!

ejail (afectado por uma gripe vírica).

Não vou estar por aqui mas vou andar por aí!

Fevereiro 06, 2008

Costumes, tradições e ritos, seguidos e quebrados de forma ridícula: Emprego, desemprego;

Riqueza, pobreza;

Ladrões que roubam, ladrões que são roubados;

Homens que controlam, desesperados que se descontrolam;

Políticos que ganham, povo que perde;

Promessas que se fazem, promessas que se desfazem;

Polícias que prendem, polícias que são presos;

Médicos que curam, médicos que matam;

Professores que ensinam, professores que assassinam;

Padres que pregam, padres que violam;

Pastores que evangelizam, pastores que engordam;

Fetos que nascem, fetos que morrem;

Almas que se acham, almas que se perdem;

Deus que ajuda, Deus que castiga e se esquece;

Diabo que ama e diabo que depois engana;

Árvores que crescem, árvores que ardem às mãos da inquisição;

Pequeno-almoço, almoço e jantar… e a fome que continua a matar;

SMS, MMS, o contacto que arrefece;

– Merda: isto não tem fim e continua a não fazer muito sentido –

Tempo que sobra, tempo que falta;

Ondas que levam, ondas que trazem;

Cascatas a correr, lagos a apodrecer;

Sapos que se engolem, sapos que se vomitam;

Medo que domina, medo que extermina;

Lápis que escrevem, borrachas que apagam;

Olhos que se cruzam, olhos que não se podem ver;

Sentimentos que se amam, sentimentos que se odeiam;

Altruísmo, egoísmo;

Mãos quentes, mãos frias, mãos de pessoas;

Línguas que ardem, línguas que queimam;

Pénis que entram, pénis que saem;

Lábios presentes, lábios ausentes;

Ataques de coração, ataques ao coração;

Veneno, antídoto;

Vontade de viver, vontade de morrer;

Brain storming, human desert;

Histórias contadas, histórias inacabadas;

Raios partam tudo, raios partam nada.

A vida é uma espécie de morte adiada.

É esta a nossa natureza e na nossa natureza nada se cria, nada se perde, tudo se estraga.

Em suma, se não estou enganado, somos todos ridículos.

 
 
 

Ando com e sem vontade de escrever.

Vai-se lá perceber…

 

“Não vou estar por aqui mas vou andar por aí!” – Santana Lopes.

 

Dúvidas razoáveis…

Atentamente,

ejail.

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