Não vou estar por aqui mas vou andar por aí!
Fevereiro 06, 2008
Costumes, tradições e ritos, seguidos e quebrados de forma ridícula: Emprego, desemprego;
Riqueza, pobreza;
Ladrões que roubam, ladrões que são roubados;
Homens que controlam, desesperados que se descontrolam;
Políticos que ganham, povo que perde;
Promessas que se fazem, promessas que se desfazem;
Polícias que prendem, polícias que são presos;
Médicos que curam, médicos que matam;
Professores que ensinam, professores que assassinam;
Padres que pregam, padres que violam;
Pastores que evangelizam, pastores que engordam;
Fetos que nascem, fetos que morrem;
Almas que se acham, almas que se perdem;
Deus que ajuda, Deus que castiga e se esquece;
Diabo que ama e diabo que depois engana;
Árvores que crescem, árvores que ardem às mãos da inquisição;
Pequeno-almoço, almoço e jantar… e a fome que continua a matar;
SMS, MMS, o contacto que arrefece;
– Merda: isto não tem fim e continua a não fazer muito sentido –
Tempo que sobra, tempo que falta;
Ondas que levam, ondas que trazem;
Cascatas a correr, lagos a apodrecer;
Sapos que se engolem, sapos que se vomitam;
Medo que domina, medo que extermina;
Lápis que escrevem, borrachas que apagam;
Olhos que se cruzam, olhos que não se podem ver;
Sentimentos que se amam, sentimentos que se odeiam;
Altruísmo, egoísmo;
Mãos quentes, mãos frias, mãos de pessoas;
Línguas que ardem, línguas que queimam;
Pénis que entram, pénis que saem;
Lábios presentes, lábios ausentes;
Ataques de coração, ataques ao coração;
Veneno, antídoto;
Vontade de viver, vontade de morrer;
Brain storming, human desert;
Histórias contadas, histórias inacabadas;
Raios partam tudo, raios partam nada.
A vida é uma espécie de morte adiada.
É esta a nossa natureza e na nossa natureza nada se cria, nada se perde, tudo se estraga.
Em suma, se não estou enganado, somos todos ridículos.
Ando com e sem vontade de escrever.
Vai-se lá perceber…
“Não vou estar por aqui mas vou andar por aí!” – Santana Lopes.
Dúvidas razoáveis…
Atentamente,
ejail.